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O Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou nesta sexta-feira (14) uma intervenção no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ), após a constatação de diversas irregularidades na gestão da entidade. O processo resultou no afastamento de oito membros da diretoria, incluindo o presidente Walter Palis Ventura e dois vice-presidentes.
A intervenção foi formalizada por meio de uma publicação no Diário Oficial da União, e segue como consequência de uma investigação conduzida pelo CFM, que teve início em janeiro deste ano. A auditoria, que durou dez dias, identificou uma série de falhas na administração do CREMERJ, entre elas despesas excessivas e desnecessárias com instalações provisórias, o que gerou altos custos com aluguéis e condomínios. Além disso, foram encontrados desrespeito às normas legais de compras e pagamentos a fornecedores, falta de transparência e controle nas informações sobre concessões e pagamentos, além de conflitos de interesse e uso indevido de recursos públicos.
Com a intervenção, uma nova diretoria provisória será responsável pela gestão do CREMERJ até que a situação seja regularizada.
Eis a nota do Cremerj
“Auditoria realizada, neste ano de 2025, pelo do Conselho Federal de Medicina no Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ) identificou irregularidades de gestão.
As principais ocorrências incluem falta de transparência e controle, conflitos de interesse, não conformidade com normas legais e ineficácia na gestão financeira.
Diante das irregularidades identificadas e dos princípios violados, o Plenário do CFM decretou por UNANIMIDADE a intervenção no CREMERJ, com o afastamento cautelar e por tempo indeterminado de parte da diretoria e da atual comissão de tomada de contas designando diretoria provisória.
Em respeito aos médicos registrados e em atividade no estado do Rio de Janeiro, a intervenção visa superar a crise administrativa e econômico-financeira instalada no CREMERJ. Resguardando o interesse público em benefício da probidade, da transparência e da governança, absolutamente necessárias à administração pública.”